Não manifesto
Não quero que os meus poemas sejam morfemas presos ao papel Quero que sejam formas presas livres na mente do leitor Não quero que os meus poemas sejam um amontoado de palavras desafinadas feitos os violões empoeirados num canto qualquer E nem melosos demais Iguais aos agudos amargos da flauta doce Não quero ser poeta máquina que fabrica poesias para vender no mercado Não quero ter poemas insossos que não despertam apetite poético Quero que os meus poemas sejam modo temporais para que chovam sensações e pensamentos (re)flexivos Quero neles exalar o bom perfume que um dia fora em mim derramado. Lorena Barreto