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Ao encontro do perdido
By http://www.flickr.com/photos/clementlivolsi/ Andando por todos os lados levava uma mochila tão pesada ela era sufocante Minha bússola estava louca. Quanto mais eu andava mais a mochila pesava Queria encontrar o Caminho mas como eu o poderia? se ninguém me orientava! Vinha alguém pelo caminho percebeu que eu estava confuso sozinho então me indagou: "Por que você está aqui? Você está indo para a tristeza eterna!" "Moço", falei para ele, "estou perdido me dê uma orientação" Então, tirou do bolso o mapa que parecia um livro Leu-o para mim, falou-me do Caminho por onde ele andava Também ele tinha uma mochila só que era leve, suave a minha não Perguntei para ele onde ele a conseguira ele falou que Alguém trocou com ele. Então bradei: "finalmente o Caminho encontrei!" Nesse Caminho comecei a andar o homem me disse: "vou te dar uma bússola para que você possa seguir no Caminho sem se desviar". Agra...
Chá da Tarde com Woolf
Virginal, eu a contemplo debaixo de um emaranhado. Descansa em alvura, insiste em deixar-me caminhando pelos nós que a revelam senhora das palavras soltas, esfíngicas. Observo seu turvo rosto de linhas arqueadas, delicadeza desnudada na face. São elas que contam sua vida, não as finas e longas sinas marcadas em suas fatigadas mãos. Seu olhar dança com a imensidão. Árdua tarefa decifrá-la. Fixar as retinas em seus olhos certeza é de obscuridade, profunda fragmentação, vêm de suas íris labirínticas. Inutilmente, tento distingui-la da paisagem. Morta, tão inclinada para si mesma que o céu plúmbeo, sombrio, serve-lhe de vestido. Ignoto ser do crepúsculo, seus enigmáticos laços devoram-me tal qual Clarissa se perdeu nas linhas trêmulas, mortais, dos ponteiros reminiscentes. Lorena Barreto
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