segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Guerra declarada!

Me banho em lágrimas.
Componho mares.
Esse é o preço que eu pago
Por não me conformar com o que posto está.
Desatino a teimar e em não aceitar
Aquilo que se dita
Não sou Leminski
Para tacitamente assinar
Em tudo o que o destino pintar.

Histórias bruscamente interrompidas
Mas que marcaram o suficiente
Para me lembrar
Que o destino é o meu mais feroz inimigo
Que de vez em quando
me convida a uma trégua,
Mas desconfiada como sou
Não dou ouvidos a esse ator
É tão somente mais um golpe
Para me fazer ceder
E seu poder reconhecer
Mas enquanto eu viver
Teimarei mais tanto ainda
Amarei o que não me foi permitido
E guardarei no peito o que ele não consegue arrancar,
Pois até à morte, ó, Sina,
Insistirei em tecer
As próprias linhas do meu viver.

Lorena Barreto

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