terça-feira, 29 de novembro de 2016

Como louco é pensar
Que o amor pode viver
Crescer
Mesmo após a morte
De um relacionamento
Talvez,
O fim não o foi no peito
De um amante
Ou de outro
Ou dos dois
Ele bem vive
Ressurreto
Alimentado pelas memórias
Que insistem em persistir
Numa música qualquer
Nuns versinhos de bar
Na boca delirante de alguém que não se esquece
De um amor avassalador
Como bem disse Leminski:
"Amor, então, também acaba?
Não, que eu saiba.
O que eu sei é que se transforma numa matéria-prima
Que a vida se encarrega de transformar em raiva.
Ou em rima."
Acho que rimou
E ainda rima
Como?
Não sei te explicar
Faz parte desses mistérios da vida
Que não se explicam e só se complicam
Se para eles procurarmos razão
Porque a mistura razão e coração
Nem sempre resulta em boa combinação.
Lorena Barreto

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá, obrigada pela visita ao meu blog, deixe um comentário para que eu saiba o que você achou da postagem.

Poesias mais degustadas:

Que dia é hoje...